sexta-feira, 8 de julho de 2011

Wikileaks


   O projeto desenvolvido por Julian Assange é, se não inusitado, audacioso. Enfrentar as grandes potências por meio da liberação de informações sigilosas é uma ação perigosa, mas necessária já que há uma tendência a endeusar aqueles líderes que estão sempre se posicionando em pró de um diálogo democrático em relação à diplomacia mundial.
   Ao se divulgar dados desconhecidos pela maior parte da população mundial, rompe-se com a tendência de sempre crer no que é dito por quem detém a fonte de informação. A maior parte dos meios de comunicação são manipulados por aqueles que os financiam. Ou seja, o Wikileaks não só rompe com o controle abusivo por parte das grandes potências, como reafirma o objetivo da comunicação, que é opinar através da liberdade de expressão, fundamental para a formação de uma consciência crítica. Quando se detém a informação verídica é que se pode julgar um fato pelo o que ele realmente é.
Julian Assange
    Ademais, a história é muito clara quanto às consequências sobre aqueles que tentam calar os meios de comunicação íntegros. Haja visto que um dos fatores que levaram ao fim da ditadura militar brasileira foi a iniciativa de proibir a liberdade de expressão do indivíduo.
     Sendo assim, diplomatas internacionais e governantes influentes deveriam rever seu posicionamento em relação ao Wikileaks. Estariam eles sendo contra esse site devido à preocupação de como as pessoas reagiriam às notícias? Ou por que poderiam ser comprometidos diplomaticamente, tendo a sua moral colocada em dúvida?



Legalização da maconha?






    Tendo em vista a alta frequência com que se tem deparado com o debate sobre a legalização da maconha,   já não é mais possível ignorá-lo. Assim como também  não pode-se deixar de perceber que os componentes de passeatas são, em sua maioria, membros da elite, que representa, na verdade, o mercado consumidor da maconha. Estão eles tão preocupados assim com a vida instável e perigosa que levam os principais afetados pelo tráfico de drogas? Ou estão eles interessados na facilitação ao acesso de compra da maconha?
    Não desconsiderando a importância de se debater o assunto, mas considerando o Brasil, centro das discussões e que, legalizar a maconha em um país que mal consegue controlar com suas leis seus atuais viciados, como irá esse mesmo país controlar os futuros usuários decorrentes da legalização? O máximo que o sistema legislativo brasileiro em conjunto com a permissão de venda da maconha conseguirá é reduzir o tráfico, mas não extirpá-lo. 

    Além do aspecto legal, deve-se considerar que a saúde pública, hoje, já é ineficiente e despreparada quanto ao tratamento do viciado e a garantia de mantê-lo longe do uso das drogas. A falta de infraestrutura quanto à equipe e aparato clínico hospitalar acarretaria em uma sobrecarga no setor público, que teria que distribuir sua verba governamental, já limitada, em grande parte para a área de assistência aos usuários em estado calamitoso.
   Sejamos realistas. A verba destinada à saúde não vai aumentar, aqueles que criam e aplicam as leis serão os mesmo que hoje vemos serem acusados de aceitar propina e cooperarem com o tráfico. Além do mais, existem motivos mais nobres pelos quais seria válido motivar uma passeata, como reivindicar a melhor do ensino público brasileiro. Por enquanto, não tive a oportunidade de ler nenhum argumento favorável à legalização que me fizesse considerá-la um sinal de evolução do idealismo humano em direção à paz e à resolução de conflitos, sendo assim, prefiro me apegar à realidade, de que ainda precisamos amadurecer muito até termos a consciência do que realmente significa dispor a maconha no mercado legalmente.