segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eu rotulo, Tu rotulas, Nós rotulamos!


     As generalizações são em grande parte usadas para agrupar objetos ou pessoas com uma característica em comum. Mas me parece que essas generalizações, na maior parte dos casos, tem um sentido mais negativo do que positivo. Esse arredondamento se dá em grande parte, pelo o que se julga a partir do que se vê e o que se tem de informação. Não julgar aquilo que nos rodeia é complicado. É natural do homem olhar para algo e buscar, dentro do que ele detém de conhecimento, alguma informação que se assemelhe àquilo que se encontra diante de seus olhos. É o famoso preconceito, que de tanto usado como adjetivo para classificar aqueles com atitudes intolerantes para com os demais, passou a ser vista como uma palavra ruim. Mas se formos analisar sua etimologia, veremos que preconceito nada mais é que um conceito pré formulado daquilo que desconhecemos. O erro está em julgar negativamente. Está em olhar para o desconhecido com desconfiança e por  estranhá-lo, chamá-lo de estranho.
     Só porque é novidade, não quer dizer que é ruim. Julgar é natural, mas pegar essa opnião formada e se fechar para as outras é ignorância e prepotência. É pensar que se é melhor que todos as pessoas que te rodeiam e , talvez, a estudiosos que dedicaram anos de carreira para compreender àquilo que é ignorado pela sociedade. O senso comum foi e sempre será um facilitador da comunicação humana, entretanto ele apresenta uma segunda face, não tão heróica quanto à primeira. Tem que ser esclarecido que nem tudo aquilo que se prega no meio social é o que de fato é. É esse tipo de enclausuramento intelectual, que leva à formação de preconceitos negativos. A homofobia é uma delas e , se não, a mais grave. Só porque, tanto o homem quanto a mulher, por não se sentirem  bem com aquilo que foi regrado pelo meio em que ele ou ela vivem e decidem, corajosamente, viver em pró do seu bem-estar, eles são colocados como  seres "errados", como se fosse algum tipo de defeito viver como lhe é conveniente. Desde pequenos somos educados, não intencionalmente, mas naturalmente, de que um casal é composto por um gênero do sexo masculino e por outro do feminino. Então, crescemos acreditanto que isso é o correto. Mas um casal, é uma dupla, é formado por parceiros, é uma parceria que independe do gênero. Aqueles que se mantiveram como sempre lhe foi ditado, que preferiram se relacionar com o sexo oposto, ótimo. Aqueles que preferiram se relacionar com pessoas do mesmo sexo, melhor ainda. Contanto que estejam satisfeitos com suas escolhas, nada mais deveria importar.
      Deixe os rótulos para os produtos comercializados. O ser humano pode ter uma certa bagagem, mas é uma bagagem que tende a mudar à medida que se adquire novas informações e experiências. Tentar empacotá-lo como se fosse um produto é um engano. Um erro muito comum, infelizmente. 

Um comentário:

  1. Disse tudo, garota! O mundo seria bem mais bacana se todos tivessem essa consciência!!
    Tenha uma ótima semana
    bjoos
    Cae

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