sexta-feira, 8 de julho de 2011

Wikileaks


   O projeto desenvolvido por Julian Assange é, se não inusitado, audacioso. Enfrentar as grandes potências por meio da liberação de informações sigilosas é uma ação perigosa, mas necessária já que há uma tendência a endeusar aqueles líderes que estão sempre se posicionando em pró de um diálogo democrático em relação à diplomacia mundial.
   Ao se divulgar dados desconhecidos pela maior parte da população mundial, rompe-se com a tendência de sempre crer no que é dito por quem detém a fonte de informação. A maior parte dos meios de comunicação são manipulados por aqueles que os financiam. Ou seja, o Wikileaks não só rompe com o controle abusivo por parte das grandes potências, como reafirma o objetivo da comunicação, que é opinar através da liberdade de expressão, fundamental para a formação de uma consciência crítica. Quando se detém a informação verídica é que se pode julgar um fato pelo o que ele realmente é.
Julian Assange
    Ademais, a história é muito clara quanto às consequências sobre aqueles que tentam calar os meios de comunicação íntegros. Haja visto que um dos fatores que levaram ao fim da ditadura militar brasileira foi a iniciativa de proibir a liberdade de expressão do indivíduo.
     Sendo assim, diplomatas internacionais e governantes influentes deveriam rever seu posicionamento em relação ao Wikileaks. Estariam eles sendo contra esse site devido à preocupação de como as pessoas reagiriam às notícias? Ou por que poderiam ser comprometidos diplomaticamente, tendo a sua moral colocada em dúvida?



Legalização da maconha?






    Tendo em vista a alta frequência com que se tem deparado com o debate sobre a legalização da maconha,   já não é mais possível ignorá-lo. Assim como também  não pode-se deixar de perceber que os componentes de passeatas são, em sua maioria, membros da elite, que representa, na verdade, o mercado consumidor da maconha. Estão eles tão preocupados assim com a vida instável e perigosa que levam os principais afetados pelo tráfico de drogas? Ou estão eles interessados na facilitação ao acesso de compra da maconha?
    Não desconsiderando a importância de se debater o assunto, mas considerando o Brasil, centro das discussões e que, legalizar a maconha em um país que mal consegue controlar com suas leis seus atuais viciados, como irá esse mesmo país controlar os futuros usuários decorrentes da legalização? O máximo que o sistema legislativo brasileiro em conjunto com a permissão de venda da maconha conseguirá é reduzir o tráfico, mas não extirpá-lo. 

    Além do aspecto legal, deve-se considerar que a saúde pública, hoje, já é ineficiente e despreparada quanto ao tratamento do viciado e a garantia de mantê-lo longe do uso das drogas. A falta de infraestrutura quanto à equipe e aparato clínico hospitalar acarretaria em uma sobrecarga no setor público, que teria que distribuir sua verba governamental, já limitada, em grande parte para a área de assistência aos usuários em estado calamitoso.
   Sejamos realistas. A verba destinada à saúde não vai aumentar, aqueles que criam e aplicam as leis serão os mesmo que hoje vemos serem acusados de aceitar propina e cooperarem com o tráfico. Além do mais, existem motivos mais nobres pelos quais seria válido motivar uma passeata, como reivindicar a melhor do ensino público brasileiro. Por enquanto, não tive a oportunidade de ler nenhum argumento favorável à legalização que me fizesse considerá-la um sinal de evolução do idealismo humano em direção à paz e à resolução de conflitos, sendo assim, prefiro me apegar à realidade, de que ainda precisamos amadurecer muito até termos a consciência do que realmente significa dispor a maconha no mercado legalmente.

terça-feira, 7 de junho de 2011

À pátria amada


À Pátria amada

Salve, salve. Como está? Melhorou?
As notícias que recebo de seus filhos não são boas, mas sei que você é forte e há de vencer mais essa. Tantas crises e traições seguidas devem estar abalando você, mas saiba que é amada, idolatrada e jamais será abandonada.Pátria minha, posso ser sincera com você?
Você é rica, gentil e generosa, mas dá muita bandeira, por isso abusam da sua boa vontade. Aproveitadores prometem servi-la e roubam de seus cofres. Covardes juram protegê-la e atiram em sua gente pelas costas. Falam besteiras em seu nome, debocham de seus defeitos, sonegam o que lhe devem.Por outro lado, você nunca esteve tão livre. Tão respeitada pelas colegas. Sua beleza e sua simpatia sempre foram reconhecidas, mas agora elogiam também sua inteligência e seu bom gosto. Copiam o que você veste, querem saber a fonte da sua energia, até depilam-se à sua maneira.Portanto, querida, talvez seu problema seja mesmo de auto-estima. Você é virginiana, de 7 de setembro, certo? Então está sempre desconfiada e insegura. Não consegue tomar decisões e, muitas vezes, foge às responsabilidades.Assuma, Pátria, que você é legal, mas vacila. Aprenda a punir quem abusa de seus favores e a tratar bem quem procura seus serviços. Afaste-se dos puxa-sacos e abrace seus desvalidos. Seus verdadeiros amigos não estão nos banquetes em sua honra, mas nos bobocas que calçam chuteira com você. A hipocrisia, maldita praga que seu ardor atrai, é a raiz dos seus problemas.Mas, calma, tudo tem jeito, você já resistiu bravamente a dias piores. Quando nem se sabia quanto roubavam de você. Quando sujavam seu nome em porões de tortura. Quando seu dinheiro valia tão pouco que era motivo de piada.
E hoje, Pátria, você não carece de grandes atos de heroísmo, mas de pequenos gestos de respeito. Não precisa de novos salvadores, mas dos velhos sobreviventes. Inspire-nos a ver que não somos coitadinhos, somos até sortudos. Vemos tornados, terremotos e bombas terroristas pela televisão. Moramos de frente para a praia, com o mais verde quintal do mundo. Se temos a corrupção como mal encruado, que seja essa a nossa luta. A grande batalha que venceremos em seu nome.Freud disse: "Primeiro, olhe bem as profundezas da sua alma e aprenda a saber quem você é; depois, entenda o que há de errado com você". Cazuza fez uma música dizendo a mesma coisa, lembra?Por mim, você abandonava de vez esse positivismo cafona, que um dia lhe impuseram como lema. Não é pela ordem que seus filhos se destacam pelo mundo, é pela bagunça e festa. O progresso? Vem naturalmente quando se vive em paz, num ambiente fértil. Se é necessário um mote para completar a lacuna, que o escolham de onde sua alma se manifesta: nos pára-choques de caminhão.
Já imaginou? Você de verde e amarelo e, na faixa, em sua testa estrelada, escrito assim: "Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho". Ou simplesmente: "Existo porque insisto". É atrás da pompa dos palanques que se escondem seus inimigos.
Com amor,

Fernanda Young




sábado, 14 de maio de 2011

Tiê

(PARÊNTESES)


Novo disco da banda Tiê , a coruja e o coração é uma delícia. Musicalidade simples e romântica, o disco conta com a participação de Jorge Drexler e uma releitura da música " Você não vale nada  mas eu gosto de voce", do grupo calcinha preta. Fica a dica!


 
música Você não vale nada (mas eu gosto de você)



 
música Só sei dançar com você

Capa do albúm : a coruja e o coração
  1. Na varanda da Liz
  2. Só sei dançar com você
  3. Piscar o olho
  4. Perto e distante c/ Jorge Drexler
  5. Pra alegrar meu dia
  6. Já é tarde
  7. Mapa-múndi
  8. For you and for me
  9. Hide and seek
  10. Você não vale nada
  11. Te mereço


domingo, 8 de maio de 2011

Sábio Varella




O doutor Drauzio Varella é conhecido em sua grande maioria pelos trabalhos apresentados no programa Fantástico exibido pela Rede Globo. Sempre preocupado em transmitir a medicina de uma maneira mais clara e simples para o brasileiro, Varella se propõe a explicar as doenças mais sérias ,entretanto comum ao cotidiano dos brasileiros, mostrando maneiras práticas e reais de combatê-las ou , ao menos, evitá-las.


    Formado pela USP, Drauzio começou sua carreira como médico no Hospital do servidor público tratando de moléstias. Logo depois foi para o Hospital do Câncer, onde dedicou 20 anos de carreira. Por volta de 1989, Drauzio Varella iniciou um trabalho voluntário na antiga Casa de Detençao de São Paulo ( conhecida como Estação Carandiru, hoje desativada) para combater a AIDS. Junto com os presos voluntários, Varella criou a revista em quadrinhos Vira-Lata, em que as histórias todas giravam em torno das prevenções à doença em uma linguagem facilmente compreendida pela malandragem.
     Foi a partir desse trabalho que o médico escreveu o livro que lhe renderia o Prêmio Jabuti de 2000, Estação Carandiru. Neste livro, Drauzio narra vários casos dos detentos, do dia-a-dia, a convivência tensa e perspicaz e as condições precárias em que os presos eram obrigados a "viver". Entretanto, em suas histórias, Varella não julga a ação dos presidiários e não faz nenhum valor de juízo. Apenas narra as situações deixando o leitor chegar às suas próprias conclusões. O único momento em que se mostra indignado é com o vício extremo causado pelo tabaco e as drogas. Ao chegar à Casa de Detenção, o médico encontra grande parte dos soros positivos usando drogas injetáveis, que colaboravam para uma maior disseminação da doença na cadeia, uma vez que essa mesma agulha seria usada por vários detentos. Com o passar do tempo, após muitas palestras e revistas publicadas, os presidiários passaram a ser mais cautelosos e abriram mão da droga injetável. Mas o mal permaneceu, pois a substituíram pelo crack, extremamente abominada pelo médico, que afirma ser a droga mais ordinária ao homem. Na primeira utilização, a droga tem um efeito duradouro, mas a partir da segunda, o efeito é efêmero, fazendo com que as próximas inalações sejam muito mais profundas, o que desencadeia um vício mais violento. O que se raramente lembra é que essas inalações mais profundas chegam ao cérebro de forma violenta, iniciando um processo destrutivo do mesmo.
   Vários são os casos narrados pelo Doutor durante o livro de presos que se endividaram na cadeia por conta do Crack e por isso perderam a vida. A parte mais divulgada pela mídia sobre a Casa de Detenção vem ao final, o combate dos PM's no dia da rebelião mais famosa da Estação Carandiru, em que publicamente divulgaram 111 mortos e no relatório da polícía constava no máximo feridos. De acordo com os sobreviventes, o número estimado foi de 250 cadáveres mortos a sangue frio.



Prêmio Jabuti 2000

coletânea de contos

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ramificação

Um blog em que o tema é quem faz a moda!



O blog ironiademaria continuará trazendo curiosidades e um ponto de vista particular sobre o cotidiano enquanto o modagenesis lhe contará sobre as façanhas dos estilistas desde os tempos primórdios até o seu auge!  









domingo, 24 de abril de 2011

Momento Glimmer Twins

Sem pretensão de me comparar aos grandes compositores, que forçados a compor ( chegaram a ser trancados na cozinha do hotel com o aviso de que só sairiam de lá com algo escrito no papel. Bendito seja o Oldham) criaram músicas legendárias. Então, me atrevendo a escrever após completar a leitura do livro Vida , de Keith Richards, segue o meu momento Glimmer twins, pseudônimo criado por Jagger e Richards para denominar a própria dupla, autora de todas as músicas dos Stones.





          Don't offer me a cigar today, 'cuz I migth say yes

   I've been walking
   boy, how I have
   I look around and it just
   blows me away
   How in hell can They be so selfish?
   How? I`m asking you.

   I start walking faster
  ' cause it seems to be better
   just ignore what`s 'round me
   It makes everything easier
   but the speed makes me panting 
   I gotta slow down. 
   So please, don`t offer me a cigar right now 'cause I might just take it
   Yes I`ll
   I`ll calm down
  in every smoke my nightmares will dissipate
  

    My worst fears will be gone
    But, no. Do not offer me that
    'Cause I'll say yes
    that's the easier way out
    It's an easy way to choose for living
    But I don't wanna live alienated
    I'd rather smoke my lugs off then not see
    what's been happening next to me.
    So yeah, offer me a cigar and I'll show you who you really are.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Keep calm and _______



Pôster original




     "Keep calm and carry on" é o terceiro pôster criado pelo Ministério da Informação britânica ,durante a segunda Guerra Mundial, em ordem de impulsionar a moral da população britânica passando uma mensagem do Rei George VI. O pôster original contém o fundo vermelho e a única imagem é da coroa do Rei George VI.
O ator Rupert Grint
     Os dois  primeiros pôsters que traziam as mensagens "Your Courage, Your Cheerfulness, Your Resolution will Bring Us Victory" ( Sua Coragem, Sua Alegria, Sua Determinação trarao vitória ao US) e "Freedom is in Peril"( Liberdade está em perigo) forão impressos e distribuídos por todo o país durante a guerra. A terceira, "Mantenha a calma e siga em frente" chegou a ser impressa, mas não foi distribuída. Ao final da Guerra, os pôsters foram todos recolhidos, acreditando-se que somente dois haviam sobrado. Os únicos "sobreviventes" foram descobertos por Mary e Stuart Manley, que possuem uma livraria. Quando foram jogar fora uma caixa de livros velhos, eles encontraram um dos pôsters escrito " Keep calm and carry on". Os donos da livraria gostaram tanto que mandaram emoldurar e pendurar a mensagem na porta do local.
Logo no início seus clientes adoraram a estampa e viviam fazendo ofertas de compra. Assim, Mary e Stuart passaram a fazer várias cópias para vender. 
      Desde 2000 o pôster se tornou notícia em vários jornais, revistas, programas de Tv em todo o mundo. Como ele não possui direitos autorais está legalmente sujeito a paródias e cópias, sempre mantendo a parte inicial, Keep calm and...







Para saber mais: http://www.keepcalm-o-matic.co.uk/guide_to_keep_calm.aspx

                         http://www.keepcalmgallery.com/

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eu rotulo, Tu rotulas, Nós rotulamos!


     As generalizações são em grande parte usadas para agrupar objetos ou pessoas com uma característica em comum. Mas me parece que essas generalizações, na maior parte dos casos, tem um sentido mais negativo do que positivo. Esse arredondamento se dá em grande parte, pelo o que se julga a partir do que se vê e o que se tem de informação. Não julgar aquilo que nos rodeia é complicado. É natural do homem olhar para algo e buscar, dentro do que ele detém de conhecimento, alguma informação que se assemelhe àquilo que se encontra diante de seus olhos. É o famoso preconceito, que de tanto usado como adjetivo para classificar aqueles com atitudes intolerantes para com os demais, passou a ser vista como uma palavra ruim. Mas se formos analisar sua etimologia, veremos que preconceito nada mais é que um conceito pré formulado daquilo que desconhecemos. O erro está em julgar negativamente. Está em olhar para o desconhecido com desconfiança e por  estranhá-lo, chamá-lo de estranho.
     Só porque é novidade, não quer dizer que é ruim. Julgar é natural, mas pegar essa opnião formada e se fechar para as outras é ignorância e prepotência. É pensar que se é melhor que todos as pessoas que te rodeiam e , talvez, a estudiosos que dedicaram anos de carreira para compreender àquilo que é ignorado pela sociedade. O senso comum foi e sempre será um facilitador da comunicação humana, entretanto ele apresenta uma segunda face, não tão heróica quanto à primeira. Tem que ser esclarecido que nem tudo aquilo que se prega no meio social é o que de fato é. É esse tipo de enclausuramento intelectual, que leva à formação de preconceitos negativos. A homofobia é uma delas e , se não, a mais grave. Só porque, tanto o homem quanto a mulher, por não se sentirem  bem com aquilo que foi regrado pelo meio em que ele ou ela vivem e decidem, corajosamente, viver em pró do seu bem-estar, eles são colocados como  seres "errados", como se fosse algum tipo de defeito viver como lhe é conveniente. Desde pequenos somos educados, não intencionalmente, mas naturalmente, de que um casal é composto por um gênero do sexo masculino e por outro do feminino. Então, crescemos acreditanto que isso é o correto. Mas um casal, é uma dupla, é formado por parceiros, é uma parceria que independe do gênero. Aqueles que se mantiveram como sempre lhe foi ditado, que preferiram se relacionar com o sexo oposto, ótimo. Aqueles que preferiram se relacionar com pessoas do mesmo sexo, melhor ainda. Contanto que estejam satisfeitos com suas escolhas, nada mais deveria importar.
      Deixe os rótulos para os produtos comercializados. O ser humano pode ter uma certa bagagem, mas é uma bagagem que tende a mudar à medida que se adquire novas informações e experiências. Tentar empacotá-lo como se fosse um produto é um engano. Um erro muito comum, infelizmente. 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

   

 Ler devia ser PROIBIDO



   A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
   Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação. Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
  Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
  Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
  Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, podem estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
  Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
  O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
  É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil.
  Alem disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

Guiomar de Grammont


      fotos: weheartit.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

TEENAGE PAPARAZZO

     Produzido pelo ator Adrian Grenier( da série Entourage), o documentário da HBO relata a vida de um adolescente paparazzo nos Estados Unidos, que com apenas 14 anos já havia entrado para o mundo dos aficionados por celebridades e resolveu tornar isso financeiramente produtivo. Ao longo do filme, o ator Grenier se envolve de tal maneira com o adolescente que se sente culpado pelas consequências que seu documentário trouxe para o jovem, que acabou virando capa de jornal e sendo convidado para entrevistas em programas de alta audiência nos Estados Unidos. Isso acabou alimentando ainda mais o garoto sobre a vontade de se tornar tão famoso quanto aqueles que fotografava.
Adrien Gernier e Paris Hilton. Ao centro, Austin.
     O documentário conta com o depoimento de vários artistas, como Matt Demon, a socialite Paris Hilton, Whoopi Goldberg, Eva Langoria e Alec Baldwin, que relatam vários casos de perseguição dos paparazzo e como eles reagem frente as rejeições. O ator Matt Demon ( da trilogia Bourne) deixa claro que o nível de perseguição vai de acordo com o que se tem para mostrar. " Eles não dizem muita coisa sobre mim, simplismente porque não há o que dizer. Ah ta, ele é casado, tem um filho e é entediante. Pode conferir, daqui a seis meses terei a mesma vida."

      Em alguns trechos do documentário, Adrien tenta mostrar um lado diferente da fotografia, algo menos degradante e o qual Austin poderia praticar e fazer algo mais ético, como profissão. Mas de nada adianta, o jovem deixa claro que fotojornalismo não lhe interessa.A última parte do longa é o reencontro de Adrien com Austin, um ano após o início da produção. O ator questiona o jovem paparazzo sobre o que mudou na sua vida depois do documentário e Austin diz que já não sente vontade de ser famoso como sentia antes. " Não quero ser conhecido por ser um paparazzo."


 
Trailler do documentário " Teenage Paparazzo".


Para saber mais : www.teenagepaparazzo.com/

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sugarland

( PARÊNTESES)


Sugarland é uma dupla country americana formada por Jennifer Nettles( voz) e Khristian Bush  (voz , vocais, bandolim, violão e gaita). A banda possui sete albuns e a música abaixo faz parte do repertório de The Incredible Machine ( A incrível máquina).

Stuck Like Glue

Sugarland

Mmm better... mmm better...
Absolutely no one that knows me better
No one that can make me feel so good
How did we stay so long together?
When everybody everybody said we never would
And just when I I start to think they're right
That love has died...
[Chorus]
There you go making my heart beat again
Heart beat again
Heart beat again
There you go making me feel like a kid
Won't you do and do it one time?
There you go pulling me right back in
Right back in
Right back in
And i know i'm never letting this go
I'm stuck on you
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue
Some days I don't feel like trying
Some days you know I wanna just give up
When it doesn't matter who's right fight about it all night
Had enough
You give me that look
"I'm sorry baby let's make up"
You do that thing that makes me laugh
And just like that...
[Chorus]
There you go making my heart beat again
Heart beat again
Heart beat again
There you go making me feel like a kid
Won't you do and do it one time
There you go pulling me right back in
Right back in
Right back in
And i know i'm never letting this go
I'm stuck on you
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue
Whoa oh whoa oh
You almost stay out too stuck together from the ATL
Whoa oh whoa oh
Feeling kinda sick?
Just a spoon full of sugar make it better real quick
I say
Whoa oh whoa oh
Whatcha gonna do with that?
Whoa oh whoa oh
Come on over here with that
Sugar sticky sweet stuff
Come and give me that stuff
Everybody want some
Melodies that get stuck
Up in your head
Whoa oh whoa oh [3x]
Up in your head
Whoa oh whoa oh whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me together say it's all I wanna do
I said
There you go making my heart beat again
Heart beat again
Heart beat again
There you go making me feel like a kid
Won't you do and do it one time
There you go pulling me right back in
Right back in
Right back in
And i know i'm never letting this go
There you go making my heart beat again
Heart beat again
Heart beat again
There you go making me feel like a kid
Won't you do and do it one time
There you go pulling me right back in
Right back in
Right back in
And i know i'm never letting this go
I'm stuck on you
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby were stuck like glue
Whoa oh whoa oh
Stuck like glue
You and me baby we're stuck like glue






http://letras.terra.com.br/sugarland/1719085/traducao.html  TRADUÇÃO


Espero que gostem! ;)